The biochemistry of saliva throughout pregnancy / O efeito da gravidez sobre a bioquímica salivar

BACKGROUND & OBJECTIVE: Sialometric and sialochemical analyses during pregnancy are not consistent, and frequently contradictory in terms of salivary flow rate, pH, and concentration of calcium, phosphorous, sodium, potassium, chloride, glucose and α-amylase. We, therefore, measured the evolution of these parameters throughout pregnancy. METHOD: A cross-sectional study compared sialometric and sialochemical analyses of 30 pregnant women vs. 30 age-matched non-pregnant women, and a longitudinal study evaluated the pregnant women in the first and third trimester of pregnancy. RESULTS: Pregnant women presented acidic non-stimulated saliva, but neutral stimulated saliva pH, and no relevant changes in salivary flow rate. Scialochemical analysis showed decreased calcium levels, increased phosphate levels, and a progressive decrease in glucose levels throughout pregnancy. CONCLUSION: Pregnancy significantly changes the oral biochemical milieu, creating a favorable environment for the development of oral pathology, in particular, dental caries.

OBJETIVO: Os achados relativos às análises sialométricas e sialoquímicas durante a gravidez não são consistentes, e por vezes são mesmo contraditórias. Assim, fizemos uma revisão da literatura e comparamos os níveis salivares de cálcio, fósforo, sódio, potássio, cloreto, glucose, α-amilase, pH e a taxa de fluxo salivar entre mulheres grávidas e não grávidas, bem como, avaliamos a evolução desses parâmetros ao longo da gravidez. MÉTODO: Realizamos um estudo transversal comparando a bioquímica salivar de um grupo inicial de 30 mulheres grávidas com um grupo inicial de 30 mulheres não gestantes da mesma idade seguido de um estudo longitudinal avaliando as mulheres grávidas no primeiro e terceiro trimestre de gravidez. RESULTADO: As mulheres grávidas apresentaram um pH da saliva não estimulada ácido, mas um pH da saliva estimulada neutro, assim como diminuição dos níveis salivares de cálcio, aumento dos níveis salivares de fosfato, e uma diminuição progressiva nos níveis de glicose na saliva ao longo da gravidez. CONCLUSÃO: A gravidez muda significativamente o ambiente bioquímico oral, criando condições favoráveis para o desenvolvimento de patologia oral, em particular da cárie dentária.

Reduced salivary flow and colonization by mutans streptococci in children with Down syndrome

OBJECTIVES: Although individuals with Down syndrome have considerable oral disease, the prevalence of dental caries in this group is low. The present study aimed to compare known risk factors for dental caries development in children with Down syndrome and a matched population (siblings). In both populations, the number of acidogenic microorganisms, such as mutans streptococci, lactobacilli and Candida species, and the paraffin-stimulated pH, flow rate and IgA concentration in whole saliva were evaluated and compared. METHOD: Saliva was collected, and the caries index was evaluated in 45 sibling pairs aged between 6 and 18 years old. The salivary IgA concentration was determined by immunoturbidimetry. Salivary mutans streptococci, lactobacilli and Candida species were quantified on mitis salivarius agar containing bacitracin and 20% sucrose, rogosa agar supplemented with glacial acetic acid and sabouraud agar supplemented with chloramphenicol, respectively. RESULTS: Down syndrome children had a higher caries-free rate (p<0.05) and lower salivary mutans streptococci counts (p<0.03) compared to their siblings. Similar numbers of lactobacilli and Candida species were found in both groups. Salivary flow rates were 36% lower in Down syndrome children compared to their siblings (p<0.05). The salivary pH did not differ between Down syndrome children and controls. The Down syndrome children had an IgA secretion rate 29% lower than that of their siblings, but this difference was not statistically significant. CONCLUSIONS: In conclusion, the lower number of mutans streptococci in the saliva may be one of the factors contributing to the lower caries rate observed in Down syndrome children, despite evidence of hyposalivation.

Effects of catecholamines and acetylcholine on contractile force, chronotropism and coronary flow of the isolated guinea pig heart

Efeitos de catecolaminas e acetilcolina sobre a força contrátil, cronotropismo e fluxo coronariano do coraçäo isolado de cobaia. Estudaram-se os efeitos da adrenalina (AD), noradrenalina (NOR) e acetilcolina (ACh) sobre a força contrátil, freqüência cardíaca e fluxo coronariano, registrados simultaneamente em coraçöes isolados de cobaia, perfundidos com soluçäo de Locke (método de Langendorff). As doses dos mediadores químicos foram calculadas de acordo com os pesos das bases e injetadas na faixa de 4,4 x 10-10 a 1,1 x 10-8 moles. O aumento na força contrátil e freqüência cardíaca, induzido pelas catecolaminas, era dependente da dose, sendo a AD 6,4 vezes mais potente do que a NOR para produzir aumento da força contrátil, enquanto que a NOR era mais potente do que a AD para produzir taquicardia, medida durante o pico do efeito contrátil. A latência entre as injeçöes das catecolaminas e os picos dos efeitos cronotrópicos positivos foi de 43 + ou - 2s, sendo a NOR 3,6 vezes mais potente do que a AD para induzir esse efeito. Durante o pico da taquicardia havia também um aumento na força contrátil, sendo a AD mais potente do que a NOR para induzir esse efeito. O fluxo coronariano foi reduzido durante o pico do efeito das catecolaminas sobre a força contrátil, sendo a NOR mais potente do que a AD em induzir essa reduçäo. Durante o pico da taquicardia produzida pelas catecolaminas, resgistrou-se um discreto aumento no fluxo coronariano. Os efeitos da ACh sobre o coraçäo foram divididos em 4 fases. O eletrocardiograma mostrou bloqueio A-V total durante as fases I, II e III e um retorno abrupto de um ritmo juncional para um ritmo sinusal durante a fase IV. A força contrátil ventricular era semelhante ao controle durante a fase I, diminuía durante a fase II e retornava ao normal durante a fase III. O fluxo coronariano era aumentado discretamente pela ACh durante as fases II, III e IV